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Como desenvolver equipes resilientes?

Foto do escritor: vikaasconsultoriavikaasconsultoria

Atualizado: 24 de mar. de 2020

Num cenário cada vez mais ágil, incerto e complexo.... como é possível preparar a minha equipe para superar as adversidades do dia a dia, mantendo o engajamento, a energia e o desejo de inovar?


Eis um dos grandes desafios da liderança.


É essa angústia e, ao mesmo tempo, o objetivo que escuto diariamente de diferentes níveis de lideranças, junto com questões do tipo:


“O que nós podemos fazer para deixar as pessoas mais resilientes, com vontade de superar os problemas, sem se abalar e desanimar?”


É quase como se eu ouvisse:


O que temos que fazer para que as pessoas aguentem levar pedras e pressão o dia inteiro, com alta sobrecarga de trabalho, mas ainda sim, permaneçam satisfeitas, fortes e felizes, motivadas, sem reclamação, ah e claro e sem perderem produtividade nem ficarem doentes?”


E é aqui que eu quero começar a desmistificar um pouco do que realmente é Resiliência.


Resiliência não é sobre isso.


Não é “aguentar porrada, cair e levantar de novo, sem chorar...”.


Não é uma competência inata de poucos ou de super heróis, nem tão pouco “daqueles que suportam tudo” ou “que se recuperam rapidamente”. É muito mais do que isso e nós líderes precisamos contribuir para expandir esse conceito, pois essas crenças impactam diretamente na forma como nós julgamos, cobramos e gerenciamos as pessoas dentro das empresas.


Atualmente, temos muitos embasamentos científicos para trazer o tema Resiliência de uma forma muito mais abrangente. No Brasil, a SOBRARE (Sociedade Brasileira de Resiliência) vêm pesquisando e construindo a evolução desse conceito, que hoje traz resiliência não apenas como “suportar e se recuperar”, mas também como uma capacidade de transformar com equilíbrio!


A resiliência pode, sob essa nova lente, passa a ser compreendida como a competência de superar grandes adversidades e situações de estresses, mantendo o equilíbrio emocional. Tem a ver como a forma como eu reajo e expresso o que penso e sinto diante de um grande estresse ou desafio.


E o que leva uma pessoa a ser mais (ou menos) resilientes são os seus modelos de crenças. O que eu penso e como eu me comporto diante de um problema, reflete o meu grau de resiliência. Demonstra o quanto que eu consigo olhar a situação difícil de forma estratégica, com uma mentalidade resiliente.


Desenvolver uma equipe resiliente é portanto, investir no autoconhecimento, fazendo com que cada pessoa esteja atenta aos seus padrões de pensamentos e comportamentos ao enfrentar algo extremamente desafiador ou turbulento. O que eu penso diante de uma situação de estresse?


Você já parou para “pensar sobre os seus pensamentos”?

- Penso que a culpa desse problema é de outra pessoa?

- Penso que muitas catástrofes acontecem na minha vida?

- Penso que isso não vai dar certo mesmo?

- Penso que isso não tem jeito?

Ou,

- Penso que o problema é passageiro e logo nós vamos resolver?

- Penso que eu sempre posso fazer algo para resolver ou ao menos minimizar o problema?

- Penso que independente de quem seja a culpa, isso não importa, e que a minha responsabilidade é de fazer algo para resolver esse problema?

- Penso que mesmo que eu não tenha controle sobre o fato eu tenho como influenciar positivamente de alguma forma...


A forma como, repetidamente pensamos e reagimos diante das adversidades do nosso dia a dia, revelam nossas crenças e determinam se o nosso comportamento será, ou não resiliente.


Diante de um problema, quando a emoção raiva ou tristeza me invade. Como eu reajo?


Consigo identificar o que estou sentindo e como meu corpo está reagindo? Consigo compreender o ambiente e o outro, e manter o equilíbrio para me posicionar? Ou reajo no piloto automático, sem consciência e sem controle sobre mim mesmo? Diante de uma grande montanha o que eu faço? Fujo ou enfrento? Escalo ou desisto?

E esse é de fato o nosso maior desafio como líderes de pessoas: aprender, desenvolver e treinar a nossa resiliência (e a da nossa equipe) através de 3 grandes passos, como numa escalada de transformação:


  1. Observar os seus pensamentos e comportamentos diante de grandes mudanças, desafios ou estresses,

  2. Identificar crenças limitantes que te fazem “atacar ou fugir” dessas situações e

  3. Construir novas crenças que diante de adversidades te façam visualizar a superação com otimismo e agir com controle e equilíbrio emocional.


 

Ellen Ravaglio

Psicóloga e Coach com mais de 20 anos de vivência no desenvolvimento de líderes e equipes dentro de grandes organizações.

 
 
 

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